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Mostrando postagens de março, 2018

A Burocratização da Ciência

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Transformada em uma espécie de mantra daquilo que acontece no contexto acadêmico em termos de criação e veiculação do conhecimento, a expressão usada nas universidades americanas  "publique ou pereça"  ("public or perish") tem norteado a produção científica mundial nos últimos tempos. Seja por parte daqueles que exigem produção, seja daqueles que são pressionados a publicar, seja ainda dos editores das revistas científicas e de outros envolvidos nesse processo, como é o caso dos pareceristas, ninguém está a salvo do processo de burocratização pelo qual a ciência tem passado ultimamente. Transformada em uma espécie de mantra daquilo que acontece no contexto acadêmico em termos de criação e veiculação do conhecimento, a expressão usada nas universidades americanas "publique ou pereça" ( "public or perish" ) tem norteado a produção científica mundial nos últimos tempos. Seja por parte daqueles que exigem produção, seja daqueles que são

Uma Rã Com 12 Cromossomos Sexuais

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A rã amazônica conhecida como jia-da-floresta ( Leptodactylus pentadactylus ) ostenta atualmente o título do  vertebrado com o maior número de cromossomos sexuais já encontrado.  São 12  cromossomos sexuais em um conjunto total de 22 cromossomos (10 são autossomos).  Anteriormente, o vertebrado recordista era o ornitorrinco, um mamífero monotremado da fauna australiana, com 10 cromossomos sexuais.  É um sistema muito diferente do nosso X e do Y que determinam se uma pessoa é homem ou mulher. O biólogo Thiago Gazoni registrou o vertebrado com o maior número de cromossomos sexuais já encontrado. Trata-se da  rã amazônica conhecida como jia-da-floresta (Leptodactylus pentadactylus) . De acordo com o pesquisador, o mais curioso é que, das 13 rãs estudadas (seis fêmeas e sete machos) têm mais cromossomos sexuais do que não sexuais (os autossomos ). São 12 sexuais em um conjunto total de 22 cromossomos. “O que define, visualmente, serem cromossomos sexuais é haver diferenças e

Para Que Servem as Métricas Nas Ciências?

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O primeiro episódio da terceira temporada da série britânica Black Mirror retrata um mundo fictício onde a reputação das pessoas é quantificada em pontos gerados por avaliações alheias produzidas por um aplicativo de celular. Realisticamente, vivemos em um mundo onde a reputação abre portas, gera privilégios e até dinheiro.  Assim como nos campos político e econômico, o mundo da ciência também utiliza diversos indicadores métricos para avaliar o impacto das suas produções,  uma vez que de seus resultados dependem a obtenção ou manutenção do capital científico do pesquisador.   Você seria capaz de viver em um mundo onde a sua reputação fosse quantificável em pontos, gerados através de avaliações alheias, e esses pontos pudessem ser utilizados em descontos de aluguéis, filas preferenciais de aeroportos e outros privilégios que hoje só podem ser adquiridos através do consumo? Além disso, quanto mais pontos você possuir, mais fácil será o seu acesso a alta sociedade? Essa é a pro