Projeto Viroma Global

Representado pela Fiocruz, Brasil participa do Projeto Viroma Global (PVG), uma iniciativa internacional que propõe identificar e caracterizar os vírus com potencial de risco, gerando conhecimento que possibilite prever as próximas epidemias e mitigar seus danos. Estudos recentes estimam que o mundo conhece apenas 1% dos vírus que podem causar doenças. Mudanças demográficas e ambientais, além do mercado global e trânsito internacional de pessoas, contribuem para o aumento e propagação de vírus novos e reemergentes, como HIV, ebola, Mers, síndrome respiratória aguda grave (SARS), dengue, chikungunya, zika etc.

Com o objetivo de identificar e caracterizar os vírus com potencial de risco, gerando conhecimento que possibilite prever as próximas epidemias e mitigar seus danos foi lançado este o ano o Projeto Viroma Global (PVG), uma iniciativa internacional que propõe uma estratégia absolutamente diversa da que tem sido adotada ao combate dos riscos virais.
O PVG se baseia na estimativa de que há aproximadamente 1,6 milhão de vírus desconhecidos no mundo, sendo que entre 600 a 800 mil deles podem infectar o homem. Os cientistas do projeto querem saber quem são eles e qual caminho podem seguir. Para isso, pretendem caracterizar os patógenos emergentes, identificar práticas e comportamentos que levam a propagação e ampliação da doença e propor conjunto de medidas para caso de emergências. 
Um artigo publicado na revista Science, com a coautoria do coordenador do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Saúde da Fiocruz (CDTS/Fiocruz), o brasileiro Carlos Morel, descreve o projeto detalhadamente. Estudos recentes estimam que o mundo conhece apenas 1% dos vírus que podem causar doenças. Mudanças demográficas e ambientais, além do mercado global e trânsito internacional de pessoas, contribuem para o aumento e propagação de vírus novos e reemergentes, como HIV, ebola, Mers, síndrome respiratória aguda grave (SARS), dengue, chikungunya, zika etc.
Segundo informações da Agência Fiocruz de Notícias, o custo da empreitada foi avaliado em US$ 1,2 bilhão, para aumentar a capacidade de identificação de patógenos, fortalecer capacidades e laboratórios existentes, colher dados e gerar conhecimento. Entre os benefícios, mais conhecimento pode oferecer respostas mais eficientes e rápidas aos surtos, nortear o desenvolvimento e aprimoramento de diagnósticos, medicamentos e vacinas. Entendendo como o vírus se comporta, é possível, inclusive, evitar que se espalhe e criar consciência global e regional e informar políticas para evitar ou mitigar a disseminação dos vírus. 
O Brasil também faz parte dessa iniciativa, pois é considerado um hotspot para pesquisas e coleta de amostras dada a alta probabilidade de extrapolação dos vírus de seus reservatórios para o ser humano. Além disso, o país tem cientistas com importantes contribuições para a compreensão e prevenção de doenças emergentes virais. O nosso país também tem biodiversidade, liderança, ciência e experiência em alianças internacionais.
O PVG pretende abastecer a comunidade global com informações necessárias para detectar, prevenir e agir de maneira proativa às epidemias emergentes, mitigando o risco de futuras epidemias reduzindo o impacto das doenças como a zika.
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