Vidraças: As Inimigas Silenciosas das Aves

Cerca de 1 bilhão de aves morrem todos os anos por colisões em vidraças, apenas nos Estados Unidos e Canadá. Segundo o professor Augusto Piratelli da UFSCar, nestes países há muita preocupação dos cientistas e de toda a sociedade para com esse problema. Eles avaliam, monitoram e desenvolvem medidas para diminuir esse problema.  As aves não enxergam os vidros; os espelhados refletem o céu, os translúcidos dão a sensação de continuidade do horizonte. Assim, incapazes de detectar esses obstáculos, elas vão de encontro às vidraças, onde frequentemente encontram a morte. 
Aqui no Brasil, não sabemos quase nada sobre isso.

Cerca de 1 bilhão de aves morrem todos os anos por colisões em vidraças, apenas nos Estados Unidos e Canadá. Segundo o professor Augusto Piratelli, da Universidade Federal de São Carlos ((UFSCar - Campus Sorocaba) nestes países há muita preocupação dos cientistas e de toda a sociedade para com esse problema. Eles avaliam, monitoram e desenvolvem medidas para diminuir esse problema. Lá, inclusive, eles mapearam os principais motivos pelos quais esses acidentes ocorrem. As aves não enxergam os vidros; os espelhados refletem o céu, os translúcidos dão a sensação de continuidade do horizonte. Assim, incapazes de detectar esses obstáculos, elas vão de encontro às vidraças, onde frequentemente encontram a morte. 
Aqui no Brasil, quase nada sabemos sobre isso. Embora haja muitos sites em português que abordem essa questão, em geral não há dados científicos que possam apontar as situações de maior risco, ou mesmo se podemos assumir que os nossos problemas são os mesmos da América do Norte. Temos clima, vegetação e concepções urbanas diferentes e, além disso, as aves não são as mesmas. Menos ainda conhecemos sobre as medidas preventivas. Nos países acima citados, eles testaram e sugeriram vários métodos, incluindo listras verticais ou horizontais e películas e adesivos que refletem luz ultravioleta. 
Por aqui, um grupo de pesquisa no campus da UFSCar buscou testar se a aplicação de silhuetas de aves de rapina -- um método muito popular no Brasil -- poderia minimizar esses acidentes. Não funcionaram, as colisões continuaram. Agora estão discutindo outros métodos para resolver urgentemente esse problema.
De acordo com a percepção dos especialistas, a ideia é fazer com que as aves percebam a presença de um obstáculo, então as medidas mitigadoras precisam combinar eficiência, estética e baixo custo. Um trabalho de revisão bibliográfica elaborado por um aluno do professor Piratelli revelou que os tipos de vidraças precisam ser repensados: por exemplo, muitos painéis pequenos são preferíveis a um único e enorme painel envidraçado; o ângulo de abertura das janelas não pode refletir o céu. Vegetação e alimentadores próxima às janelas também são problemáticas, reduzem ainda mais a percepção pelas aves e contribui para aumentar a tragédia. Acima de tudo, todo mundo precisa se envolver. Melhorar isso, frequentemente, tem sido iniciativa de grupos ou pessoas isoladamente, com pouco atuação efetiva do poder público. Segundo a equipe, é preciso repensar nossas construções e reavaliar o nosso conceito de estética.
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