Bonitinhos, Mas Ordinários

Um inimigo da biodiversidade dos mares. De aparência exuberante o coral-sol (Tubastraea sp) é uma espécie invasora que não ilude os pesquisadores da vida marinha ao longo da costa brasileira. Desde 2013 os pesquisadores realizam expedições para a retirada das colônias de corais-sol do fundo do mar no arquipélago de Alcatrazes (SP). Na Baía de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, onde chegou na década de 1980 aderida a plataformas de petróleo, a espécie invasora se espalhou de uma maneira que não pode mais ser controlada

De aparência exuberante, o coral-sol (Tubastraea sp) é uma espécie invasora que não ilude os pesquisadores da vida marinha ao longo da costa brasileira. Desde 2013 os pesquisadores realizam expedições para a retirada das colônias de corais-sol do fundo do mar no arquipélago de Alcatrazes, que fica a 43 km da costa da cidade de São Sebastião em São Paulo
Os corais que vêm surgindo em Alcatrazes pertencem a duas espécies: Tubastraea tagusensis, de origem equatorial, e Tubastraea coccinea, vinda do Indo-Pacífico. Ambas são capazes de causar sérios danos ao meio ambiente, já que invadem o espaço e consomem os subsídios de outros corais, dificultando a vida de diferentes tipos de espécies marinhas. As espécies estrangeiras são mais competitivas que as nativas, conseguindo alastrar-se com mais facilidade no ambiente. Assim, a expedição busca retirar o coral-sol do oceano para que as espécies locais ganhem tempo para se adaptar com a invasora.
Em janeiro deste ano, foi realizada mais uma dessas expedições, com a participação de 20 pessoas, entre voluntários e funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do WWF-Brasil e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao todo, foram retirados do fundo do mar 20 mil colônias de coral sol durante cinco dias, entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2017.
O coral-sol se tornou uma verdadeira praga na Baía de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, onde se espalhou de uma maneira que não pode mais ser controlada. Este tipo de coral foi levado a Baía de Ilha Grande na década de 1980 aderida a plataformas de petróleo. Nesse ambiente encontrou um lugar perfeito para sua reprodução, pois não havia predadores para essa espécie exótica. A situação é tão grave nesta localidade que a única iniciativa dedicada exclusivamente ao tema no Brasil nasceu lá: desde 2006, o Projeto Coral-Sol vem realizando um intenso trabalho de combate à bioinvasão, promovendo a pesquisa, o monitoramento e a educação ambiental, além do manejo dos corais na Ilha Grande.
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