A Autofagia e a Qualidade do Sêmen

Cientistas espanhóis conseguiram estabelecer uma relação entre o processo de autofagia e a qualidade do sêmen humano. Segundo eles, as mesmas proteínas que ativam o processo de reciclagem das células atuam na ativação dos mecanismos fisiológicos que determinam a motilidade e a vitalidade dos espermatozóides. Nas fotos vemos imagens da peça intermediária dos espermatozóides com e sem o tratamento com ativador de autofagia.

Existe um processo fisiológico nas células chamado autofagia cuja função é degradar proteínas celulares e organelas citoplasmáticas em mau estado, contribuindo para a "reciclagem" dos componentes da célula. Agindo desta forma, a célula pode degradar os resíduos e manter o seu equilíbrio material e energético. A novidade é que os cientistas conseguiram estabelecer uma relação entre esse importante processo fisiológico e a qualidade do sêmen do homem.
Pesquisadores do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Estremadura (UEX), na Espanha, mostraram que as proteínas relacionadas com o processo de autofagia nas células estão ativas também no esperma humano. Isto significa que a ativação de autofagia além de estar envolvida na regulação da sobrevivência celular pode estar relacionado também com a motilidade dos espermatozóides.
Os cientistas comprovaram a presença de proteínas-chaves que regulam o mecanismo de autofagia atuando ao mesmo tempo nas alterações da motilidade dos espermatozóides. Além disso, eles constataram por microscopia eletrônica a presença de muitas vesículas autofágicas (que englobam o conteúdo a ser descartado) concentradas na peça intermediária de espermatozóides, local onde ficam as mitocôndrias que são as organelas responsáveis ​​pelo fornecimento de energia ao espermatozóide e mantêm a motilidade e a de sobrevivência dessa célula.
Em testes com amostras de 33 doadores saudáveis ​​não fumantes, os resultados mostraram que a ativação de autofagia induz um aumento significativo no aumento da motilidade do esperma e que, inversamente, a inibição da autofagia resultava numa diminuição na motilidade e viabilidade destes.
O estudo foi publicado na Scientific Reports e investiga pela primeira vez a autofagia no gameta masculino. Os resultados da pesquisa podem ser utéis no diagnóstico e tratamento da infertilidade em homens, uma vez que a OMS vem detectando uma queda na motilidade e vitalidade do sêmen humano nos últimos anos.
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