Entornando o Caldo Primordial

Pesquisadores alemães apresentaram um novo estudo questionando a principal hipótese a respeito do surgimento da vida em nosso Planeta, Ao estudar a fisiologia e o habitat do último ancestral comum universal (organismo que os cientistas chamam de Luca), os pesquisadores defendem que é bem mais provável que o primeiro ser vivo tenha surgido em fontes hidrotermais existentes no fundo dos mares do que na famosa  "sopa ou caldo primordial" 

Um novo estudo publicado recentemente na revista Nature questiona a hipótese defendida há anos pela maioria dos cientistas de que a matéria orgânica essencial para a vida surgiu em uma "sopa ou caldo primordial." "A ideia da sopa explica muito bem como as primeiras células passaram a sintetizar proteínas e a guardar informações (com um mecanismo parecido com o DNA). Mas as fontes de energia apontadas pela teoria são extremamente voláteis. Isso significa que o aproveitamento energético das formas de vida primordiais teria sido muito diferente do observado em estrutura biológicas atuais."
"Pesquisadores da Universidade Heinrich Heine, na Alemanha, reuniram mais de 6 milhões de genes de microorganismos para tentar traçar o perfil do Luca (acrônimo para last universal common ancestral: último ancestral comum universal, em português), que teria vivido há 4 bilhões de anos e a partir do qual todas as formas de vida que temos hoje teriam surgido.
"Usando computadores para filtrar as bases de dados, os cientistas conseguiram chegar a 355 genes que provavelmente formavam o Luca - o que já indica que tipo de substâncias ele era capaz de produzir e em que ambiente viveu."
Conforme a matéria publicada na revista Superinteressante, a qual serviu de fonte para essa postagem, "o perfil final mostra que Luca era um ser unicelular que não dependia de oxigênio, mas absorvia gás hidrogênio para sobreviver. A partir dessas características, os pesquisadores concluíram que o habitat dele necessariamente foi um ambiente rico em H2, CO2 e ferro... O que está diretamente ligado a outra teoria de origem da vida terrestre, que se opõe à da sopa primordial e postula que a vida nasceu em fontes hidrotermais das profundezas oceânicas.
Os defensores da hipótese das origem da vida em fontes hidrotermais partem do princípio de que os seres vivos têm um fator em comum na hora de produzir energia: eles utilizam gradientes de íons dentro das suas células. As células humanas, por exemplo, usam a energia que tiramos da comida para criar um desequilíbrio na concentração de prótons (íons H+). Conforme esses prótons se mexem, eles levam à sintetização de ATP, nossa molécula de energia."
A matéria complementa o assunto dizendo que 'lá no fundo do mar, os primeiros seres vivos teriam ainda um suprimento estável de gás hidrogênio, CO2 e minerais, além de uma estrutura de microporos inorgânicos que funcionariam como membranas celulares.
Essa teoria, portanto, defende que no início da vida os processos de geração energética já eram bastante parecidos com os que ocorrem dentro de células modernas e muito mais complexas. Mais tarde, as células aprenderiam como produzir seu próprio gradiente de prótons, sem depender mais do ambiente, e aí a vida teria colonizado todo o planeta."
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