Sons e Vibrações da Molécula de DNA

Equipe de pesquisadores do Reino Unido detectaram ondas sonoras imperceptíveis ​​ao ouvido humano no interior da molécula de DNA, as quais percorrem toda a sua estrutura. Em certos pontos, ocorre uma amplificação e alguns elos da dupla hélice são quebrados, abrindo um buraco para que as enzimas de transcrição e replicação possam entrar para executar seu trabalho.

Pesquisadores da Universidade de Glasgow (Reino Unido) detectaram ondas sonoras imperceptíveis ​​ao ouvido humano no interior da molécula de DNA, as quais percorrem toda a sua estrutura. Em certos pontos, ocorre uma amplificação e alguns elos da dupla hélice são quebrados, abrindo um buraco para que as enzimas de transcrição e replicação possam entrar para executar seu trabalho.
Os cientistas descobriram a existência de ondas sonoras que correm ao longo da cadeia de DNA, mas com uma frequência de poucos terahertz, ou seja, bilhões de vezes mais altas do que o ouvido humano ou um cachorro podem ouvir. Além disso, o estranho mundo da mecânica quântica também está por trás dessas vibrações sonoras deslocalizadas.
Segundo um dos autores do estudo publicado na Nature Communications, González Jimenez, quando estas ondas atravessam regiões específicas do DNA, onde há certas sequências de nucleotídeos que modificam localmente sua rigidez, são amplificadas por ressonância e causam a ruptura temporária das ligações fracas que ligam os filamentos. Assim, forma-se uma lacuna na dupla hélice que as enzimas responsáveis ​​pela transcrição e replicação aproveitam para acessar as informações e começar a sua atividade.
Para realizar este experimento, os pesquisadores usaram um um laser que produz pulsos de femtossegundos, aproximadamente um bilhão de vezes mais curto do que o flash de uma câmera fotográfica, conforme noticiou a agência espanhola SINC. A técnica foi aplicada a pequenos fragmentos de DNA dissolvidos em condições semelhantes às que poderão ser encontradas no interior de uma célula. Assim, observou-se que as ondas são encurtadas e alongadas, abrindo em determinados pontos espaços ou bolhas de som por onde as enzimas são inseridas.
Os resultados mostram que os fenômenos sonoros em processos biomoleculares são mais importantes do que se pensava", diz Klaas Wynne, líder do grupo de cientistas.
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