Anvisa Tolera Pelos de Rato e Insetos nos Alimentos

A Anvisa, a agência de fiscalização sanitária do Governo, possui um limite de tolerância para a presença de corpos estranhos como pelos de ratos e insetos em produtos alimentícios comercializados no país

Em março deste ano, entrou em vigor no Brasil uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que determina até que ponto a presença de matérias estranhas em certos produtos é permitida. Segundo a agência reguladora, é considerado um item estranho qualquer material que não faça parte da composição do alimento e que possa estar associado a condições inadequadas de produção, manipulação, armazenamento ou distribuição.
Em molhos, polpas e extratos de tomate e ketchup, por exemplo, o consumidor pode ingerir, sem saber, pedacinhos de insetos e de pelos de roedores. Neste caso, o limite é de até dez fragmentos de insetos ou um fragmento de pelo de roedor para cada cem gramas, conforme noticiou o Jornal Extra.
Apesar de o padrão de limite de tolerância estar “entre os mais rígidos do mundo, se compararmos com países que são referência na regulação de alimentos”, afirma a Anvisa, para Sidnei Ferreira, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), a legislação sanitária não deveria tolerar nenhum resquício de insetos ou pelos de roedores:
"— É claro que nenhum tipo de contaminação deveria acontecer, principalmente por pelo de animais. É inadmissível. Não pode ter tolerância com a falta de higiene na manipulação e na fabricação dos alimentos.
O médico alerta que essas matérias estranhas, em determinados casos, podem até causar doenças a algumas pessoas.
— Dependendo do tipo de contaminação, uma série de doenças pode ser desencadeada, da mais simples à mais complexa. No caso de pelos de animais, pode ser de uma simples diarreia até uma hepatite" — explicou o médico na reportagem do Extra.
Segundo o jornal, a suspensão de venda não é novidade para a Anvisa. " O caso mais recente de suspensão da venda de um produto por presença de corpos estranhos acima do limite permitido foi o do extrato de tomate Elefante, da marca Knorr. Um teste constatou fragmentos de pelo de roedor acima do limite de tolerância. O lote L6 do produto, fabricado pela empresa Cargill Agrícola, tem validade até 21 de maio de 2015. A interdição é por 90 dias. Nesses casos, a fabricante tem o direito de solicitar a realização da análise de contra-prova para a conclusão do caso.
Em agosto de 2014, a Anvisa determinou a retirada imediata de todas as lojas e a suspensão de comercialização do lote 2K04, com vencimento em janeiro de 2014, do Tomato Ketchup, da marca Heinz. A medida foi adotada após testes identificarem pelo de roedor no produto acima do permitido. Seis meses antes, a Proteste já havia detectado o problema e avisado à Anvisa. A agência, porém, afirmou que não poderia suspender as vendas, porque a análise não tinha sido feita por um laboratório oficial. Novos testes feitos no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o problema.
Ainda no ano passado, em maio, a Secretaria estadual de Saúde do Rio suspendeu a venda e o consumo de lotes da polpa de tomate natural da marca Predilecta, nos quais foram encontrados pelos de animais. Os produtos retirados dos supermercados foram a polpa de tomate natural (lote 390M23SA) e o molho de tomate refogado (lote L134S/RT).
Em 2012, antes da nova resolução, a Proteste também notificou a Anvisa sobre a presença de pelo de rato em três amostras de uvas-passas e castanhas-do-pará sem cascas, à venda em São Paulo."
Veja na gravura abaixo, os limites de corpos estranhos que são aceitos pela Anvisa:(fonte: Blog do Damião Cavalcante)

Fonte: Extra

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