A Solução É Cultivar e Comer Insetos

FAO sugere consumo de insetos para combater a fome em todo o mundo.Gafanhotos, formigas e outros membros do mundo dos insetos são nutritivos e contém alta porcentagem de proteínas e minerais

A FAO, agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, lançou ontem um programa de incentivo a uma dieta com insetos como saída para a fome no mundo. “Até 2030, mais de 9 bilhões de pessoas vão precisar ser alimentadas, assim como os bilhões de animais criados a cada ano”, disse a agência, que acrescentou que os insetos “podem ser colhidos em seu estado natural”, cultivados, processados e vendidos pelos mais pobres da sociedade, como as mulheres e agricultores sem terra.
Segundo a FAO, “os gastos ou investimentos necessários para a colheita são mínimos”.
O relatório, de acordo com a France Presse, compara os custos da criação de insetos com a de gado. “São necessários 2 kg de ração para produzir 1 kg de insetos, enquanto o gado reque 8 kg de alimento para produzir 1 kg de carne”, diz. Eva Ursula Müller, uma das diretoras da agência, explicou a questão do mercado em expansão e da necessidade de alimentação: “Um terço da população mundial come insetos, e isso é porque eles são deliciosos e nutritivos”, explicando que não é só no leste asiático que os insetos são ingeridos, mas que na América e em lugares da Europa a presença deles na alimentação ocorre pontualmente, embora ainda não seja um hábito de todos.
Na Ásia os animais, em estado larval ou desenvolvido, são comidos fritos, em espetinhos, em feiras livres ou com mercadores ambulantes. Também podem ser encontrados pratos mais elaborados com insetos assados ou acompanhados de saladas.
De acordo com o relatório da ONU divulgado em 13 de maio de 2013, gafanhotos, formigas e outros membros do mundo dos insetos, são nutritivos e contém alta porcentagem de proteínas e minerais que trazem benefícios a saúde. Calcula-se que a ingestão de insetos faça parte da dieta tradicional de 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro.
Além disso, a FAO afirma que a criação de insetos pode ser uma fonte também de empregos e de renda. "Nesse momento, ela representa mais uma operação caseira, mas tem potencial para atingir escala industrial", garante o diretor da ONU José Graziano da Silva.
Com mais de 1 milhão de espécies catalogadas, os insetos representam mais da metade dos organismos vivos no planeta.
Uma pesquisa feita pela FAO em parceria com a Universidade Wageningen, da Holanda, mostrou que mais de 1,9 mil tipos de insetos são consumidos por homens, mulheres e crianças no mundo.
Os mais consumidos são os besouros, abelhas, formigas, gafanhotos e grilos. "Muitos insetos são ricos na chamada "gordura boa", além de serem ricos em cálcio, zinco e ferro. Nesse caso, um bife, por exemplo, tem 6 mg de ferro em cada 100 gramas. Um único gafanhoto tem até 20 mg de ferro", afirma a diretora da Divisão Florestal da FAO, Eva Muller.
Fontes: Jornal Destak Rio e Isaude.net

Comentários

  1. E nós não achamos camarão e lagosta uma delícia !? Eles são artrópodes como os insectos. Provavelmente o sabor até nem será muito diferente !

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