O Projeto Walk Again e a Copa de 2014

Prótese cerebral pode permitir que tetraplégicos sintam a textura de objetos. Estudo do brasileiro Miguel Nicolelis é parte do projeto Walk Again. Equipe deve mostrar um exoesqueleto na Copa de 2014

Cientistas da Universidade de Duke (E.U.A), liderados pelo neurobiólogo brasileiro Miguerl Nicolelis, trabalham num projeto que faz parte de um esforço internacional, cujo objetivo é construir um exoesqueleto de corpo inteiro, visando ajudar pessoas paralisadas a recuperar suas habilidades motoras e sensoriais. O projeto chama-se Walk Again Project (projeto andar novamente) e a  expectativa da equipe é usar o primeiro exoesqueleto na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de Futebol, em junho de 2014, no Brasil.
Os estudos do pesquisador brasileiro já mostraram como as células cerebrais se conectam com eletrodos externos para interfaces cérebro-máquina e próteses neurais em pacientes humanos e primatas, dando-lhes a capacidade de controlar os membros, reais e virtuais, usando apenas suas mentes. Ele e sua equipe mostraram que os macacos, sem mover qualquer parte de seus corpos reais, poderiam usar a sua atividade elétrica do cérebro para guiar as mãos virtuais de um avatar, tocando objetos virtuais e reconhecendo suas texturas.
Recentemente, Miguel Nicolelis e sua equipe conseguiram fazer com que ratos "tocassem" a luz após sintonizarem um detector de infravermelho ligado à eletrodos implantados na parte do cérebro que processa informações relacionadas com o sentido do tato em mamíferos. O estudo, publicado, em fevereiro, na revista Nature, mostra que o córtex dos ratos responde tanto ao sentido do tato simulado criado pelos sensores de luz infravermelha quanto ao próprio toque, como se o córtex fosse dividindo-se uniformemente de modo que as células do cérebro passem a processar os dois tipos de informações.
" Uma das principais falhas das atuais próteses humanas controladas pelo cérebro é que os pacientes não podem sentir a textura do que tocam. Nosso objetivo é dar a tetraplégicos não apenas a capacidade de mover seus membros novamente, mas também de sentir a textura dos objetos colocados em suas mãos ou experimentar as nuances do terreno sob seus pés," afirma Nicolelis.
" Chegamos à conclusão que em vez de estimularmos um tipo particular de célula neuronal para gerar uma função desejada, a estimulação de uma ampla gama de tipos de células pode ajudar a região cortical a se adaptar a novas fontes sensoriais," disse Nicolelis.
Saiba mais sobre este projeto, clicando no link acima ( texto em inglês)

Fonte: Isaude.net

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