Estudo de Proteínas por Ressonância Magnética Nuclear

Aparelho utilizado na Espectroscopia de RNM (NMR) em macromoléculas biológicas de tamanho pequeno a médio. Esta técnica de estudo altamente avançada é geralmente aplicada na  investigação estrutural de proteínas e ácidos nucleicos

Instalado no campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jones (CNRMN) possui aparelhagem sofisticada que coloca imagens de última geração a serviço de pesquisadores de diversas áreas. Nesse local, um conjunto de equipamentos potentes permite visualizar até mesmo a estrutura atômica de proteínas mergulhadas em solução. Igualmente poderosa, uma série de microscópios (eletrônicos, confocais, multifotônico e multifotônico com sistema de espectrometria de correlação de fluorescência, para citar alguns) possibilita perceber nuances de estruturas protéicas e até rastrear uma única partícula viral no interior de uma célula viva. 
Com o advento das técnicas de ressonância magnética bidimensional e, principalmente, tridimensional, tornou-se possível o estudo mais aprimoradao das proteínas. A Espectroscopia de Ressonância Magnética (RMN) é o que há de mais avançado na análise da estrutura tridimensional e dinâmica de proteínas. RMN é uma técnica que consiste em analisar a intensidade dos deslocamentos químicos dos spins dos átomos de hidrogênio, nitrogênio e carbono dos aminoácidos de uma proteína em um campo magnético estático. 
As pesquisas realizadas no CNRMN tem por objetivo estender fronteiras de áreas convencionais como parasitologia, biofísica, bioquímica, biologia celular, imunologia, farmacologia química e computação, buscando uma maior interação entre os diversos grupos de pesquisa para, em um trabalho em rede, solucionar problemas biológicos. Por problemas biológicos, podemos entender desde o estudo das macromoléculas envolvidas em doenças infecciosas, degenerativas e câncer, até quanto certos vírus, como o da dengue, febre amarela e o HIV, entre outros. Ou ainda estruturas complexas de protozoários, agentes responsáveis por doenças, como a leishmaniose, a malária e a toxoplasmose.
Todos esses são estudos que podem chegar a nova forma diagnósticas, ou levar ao desenvolvimento de fármacos. Um deles, que pode significar mais um passo para a compreensão do câncer, tem como alvo a proteína p53, que se torna inativa na maior parte dos tumores malignos.

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