Eu, Professor-Robô?

Acima, C3P0, o famoso personagem de 'Guerra nas estrelas' que fala milhares de línguas. Segundo reportagem de jornal norte-americano, o ensino de idiomas seria uma das funções dos robôs em sala de aula (foto: CC BY-NC 2.0 / Wikimedia commons).

Uma matéria publicada no jornal norte-americano New York Times (NYT) promete causar muita polêmica. A notícia: robôs são testados para serem professores em escolas. O NYT mapeou alguns lugares dos Estados Unidos onde testes já estão sendo feitos, como a University of Southern California.
A reportagem explica que as máquinas têm a capacidade de ensinar, por exemplo, a pronúncia correta de uma palavra. Além disso, alguns robôs já conseguem apreender com os humanos novas informações e armazená-las – uma espécie de inteligência artificial.
Esse argumento desqualificaria, de acordo com a matéria, aqueles que criticam o uso de máquinas no ensino em função da unilateralidade da relação; agora, a via de aprendizado seria de mão dupla.
Segundo alguns desenvolvedores de robôs ouvidos pelo jornal norte-americano, o dispositivo ainda teria uma capacidade inalcançável para qualquer ser humano: a paciência infinita. Ou seja, a máquina pode repetir, sem se cansar e com "a mesma calma", centenas de vezes o mesmo conteúdo. Nenhuma dúvida ficaria sem resposta.
O NYT conta que algumas escolas na Coreia do Sul já começaram a adotar os robôs, e os resultados têm sido positivos. Sobretudo no ensino de crianças autistas, que necessitam de atenção e paciência especiais. O desenvolvimento de tecnologia no setor aponta para dispositivos ainda mais inteligentes em um futuro próximo.
Em um vídeo disponibilizado no portal do NYT, é possível assistir (em inglês) a uma breve apresentação do cenário mundial de robôs/professores. Nas imagens, Benedict Carey – repórter do jornal – faz questão de enfatizar: "A ideia é que os robôs complementem o trabalho do professor, e não o substituam".

 Por Thiago Camelo, da Ciência Hoje-On Line (em 11/08/2010)

Para assistir o vídeo no portal do New York Times, clique aqui  (o vídeo é falado em inglês e não possui legenda)

*Será que, no futuro, os robôs podem vir a substituir os profissionais de ensino? Dê a sua opinião deixando um comentário ou me mande um e-mail: joseantoniodias@pop.com.br

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