A Escola que Não Ensina


Em setembro de 2008, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou os resultados de uma pesquisa educacional revelando que mais de 2 milhões de estudantes brasileiros, com idade entre 7 e 14 anos e que vão à escola, podem ser considerados analfabetos. Em outras palavras: são jovens que freqüentam as instituições de ensino, mas não estão aprendendo. Este contingente corresponde a 87,2% dos 2,4 milhões de analfabetos que o Brasil tem na faixa de idade entre 7 e 14 anos. Os outros 300 mil estão à margem, absolutamente fora do sistema de ensino. Nos números do instituto dá para se notar ainda que cerca de 30% das crianças com sete anos matriculadas nas escolas não sabem ler e escrever.
A desigualdade social e regional do país tem impacto forte nas estatítisticas. No nordeste, o índice dos anlfabetos de 7 anos sobe para 44%; no norte, para 36%. O que o trabalho do IBGE traduz essencialmente é que as autoridades, o Estado e o sistema como um todo têm falhado no objetivo básico da educação. Seja pelo conteúdo didático inadequado, seja pela falta de investimentos na formação dos professores, pela má qualidade das estruturas educacionais ou pelo conjunto dessas deficiências. A educação, como todos estão cansados de saber, é pedra fundamental no desenvolvimento de qualquer país. E o Brasil tem demorado a acordar para esta realidade, podendo vir a comprometer todo o resto.

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