As Mutações Impostas pelo Capitalismo

A partir de agora a OMS ( Organização Mundial de Saúde) passou a se referir à gripe suína como Influenza A (H1N1). Há quem diga que esta mudança de nome foi um pedido (ou imposição?) das megaindústrias do agronegócio, sobretudo as dos setores da suinocultura. Mais do que uma simples mutação semântica, a troca de nome é uma tentativa de evitar que o pânico contamine o desempenho econômico do setor. Afinal, não convém as empresas como a Smithfield Foods, maior produtora de carne suína do mundo, ter as palavras "gripe" e suína" juntas num momento tão economicamente conturbado como esse de crise em que estamos vivendo.
A doença é proveniente da mutação do vírus H1N1 e teve o primeiro caso de surto numa cidade mexicana que fica próxima a uma subsidiária da Smithfield. Coincidência? Pode ser. Para atender a demanda, os suinocultores lançam mão de vários recursos para otimizar a produção. Os animais ficam aos milhares em galpões industriais, espremidos. Com a imunidade afetada pelo confinamento e por doses maciças de antibióticos, hormônio e vacinas, os porcos tornam-se vulneráveis a toda classe de viroses. Quem duvida que esta doença é mais uma daquelas pragas financiadas pela ganância de certa parcela da humanidade?

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